É um constrangimento!
O mau hálito incomoda todo mundo, mas seu portador muitas vezes nem nota o problema. Para piorar a situação, cerca de 30% da população sofre de halitose crônica, para a qual existem aproximadamente 60 causas diferentes1. Praticamente nenhuma dessas causas está relacionada ao estômago, classificado popular e injustamente como o grande culpado pelos odores desagradáveis exalados pela boca.
A halitose é uma manifestação clínica através da cavidade bucal que nos mostra que alguma coisa “não anda bem”. A halitose que a grande maioria das pessoas sente ao acordar é considerada normal, uma vez que desaparece após o ato de comer e escovar os dentes. Sua persistência, porém, merece investigações.
Há três níveis de intensidade da halitose: a socialé sentida por todos no ambiente onde se encontra o portador; a do interlocutor é perceptível em uma conversa a aproximadamente 1 metro de distância; e a da intimidade é apenas notada de perto, a uma distância de 20 centímetros.
É importante que as pessoas que convivem com um portador de mau hálito dêem o alerta e o conscientizem de que existe tratamento. Mesmo sendo uma situação delicada, avisar é uma demonstração de consideração ao próximo.
Tratamento:
O paciente passa por exames clínicos e entrevistas para identificar as causas do problema. Faz também um teste específico através do aparelho OralChroma (mede, em partículas por bilhão, a quantidade dos gases compostos sulfurados voláteis presentes na boca e responsáveis pelo mau cheiro).
No final, o paciente recebe de seu dentista um laudo minucioso quantificando o nível desses gases e orientações específicas para o seu combate. Caso haja indícios de envolvimento sistêmico (ex. diabetes, medicamentos utilizados, intestino, fígado, etc) o paciente receberá orientações para procurar ajuda médica complementar.
(1) Fonte: Associação Brasileira de Halitose |